
O clássico da aviação, DHC-6 Twin Otter, matrícula VP-FAZ, finalizou sua missão nos céus amazônicos somando mais de 75 horas de voo em 20 missões. Com média de 118 nós (218 km/h), estimamos que percorreu cerca de 16.520 km, distância equivalente a uma volta entre Manaus e Lisboa.
Versátil e robusto, o Twin Otter é um ícone da aviação regional. Seu desempenho em pistas curtas e operação anfíbia o tornaram indispensável em diversas partes do planeta, onde conecta comunidades e apoia missões de pesquisa.
Recentemente, a Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) recebeu a aeronave britânica do mesmo modelo, operada pelo British Antarctic Survey, para estudar o clima e o ciclo do carbono sobre a floresta. O sobrevoo marcou o primeiro voo científico do tipo na Amazônia brasileira, reforçando a importância da aviação como aliada da ciência e da preservação ambiental.
Curiosamente, o Twin Otter é um dos poucos aviões capazes de decolar em menos de 400 metros e pousar quase em qualquer superfície: terra, gelo ou água, o que explica sua longevidade e fama também ser um “trator dos ares”.
Os voos ocorreram entre a Floresta Nacional do Tapajós e a Fazenda Experimental da Ufopa. O DHC-6 é equipado com instrumentos que medem concentrações de gases de efeito estufa, como CO² e metano, e aerossóis, como fuligem, poeira e fumaça oriundas de incêndios e os dados coletados nessa campanha devem ser apresentados na COP 30, que será realizada em Belém, em novembro.
Após a campanha em Santarém, a aeronave seguirá para a Antártida, sua base de operações para pesquisas polares.
Foto: Aviação Amazônia









